O avanço do capitalismo no campo acaba com o ‘latifúndio improdutivo’,
ajuda a agricultura familiar e , assim, recolhe uma bandeira de
exploração ideológica
A concentração de terras em poucas mãos, herança do Brasil colonial,
alimentou, e ainda alimenta, muita luta política — embora hoje, menos. O
latifúndio é parte da história do país, seja como força política no
Império e na República Velha ou peça de exploração ideológica
principalmente na segunda metade do Século XX.
O termo “reforma
agrária” se tornou cativo de programas de governo, sempre encontrado em
discurso políticos. Mesmo sendo de uso corrente nas pregações de
esquerda, constou dos planos da ditadura militar. Espaço político em que
forças extremadas se aliaram a representantes da Igreja, a reforma
agrária emergiu na redemocratização como uma das bandeiras mais fortes. E
com as liberdades civis restauradas, o Movimento dos Trabalhadores Sem
Terra (MST), entre outras organizações, puderem agir sem cerceamentos
autoritários, como deve ser na democracia.
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