Elas estão sendo arrancadas das fileiras de suas escolas por igrejas evangélicas, que demonizam o samba e o carnaval
Em um samba belíssimo, que embalou o carnaval de 1984 da Unidos de
Vila Isabel, Martinho da Vila fala dos sonhos da velha baiana, “que foi
passista/brincou em ala/dizem que foi o grande amor do mestre-sala”.Poucos
versos abordam com mais felicidade a ideia da escola de samba como uma
instituição comunitária, forjadora de elos entre segmentos populares
que, à margem das benesses do poder instituído, inventaram mundos e,
desta maneira, se apropriaram da vida e produziram cultura. A moça
passista, que desfilou como componente de ala, chegou ao final da
trajetória ungida baiana, matriarca do samba e de sua gente simples.
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