Desta vez, me pegou. Já vi coisa feia nessa profissão. Já fui repórter
de polícia, já fui repórter de todas as editorias, testemunhei acidentes
com mutilações graves e tumultos sangrentos, violências e exumações,
revolta e dor. Vi a miséria humana. Mas, agora, essa tragédia de Santa
Maria me abalou. Não por causa das cenas horrendas dos corpos no chão do
ginásio, naquele momento em que caminhei pelas sombras do vale da
morte. Não. Isso foi chocante, claro que sim, mas não foi o que me ficou
no peito. O que me matou por dentro é que ali todos eram filhos.
Filhos.
Uma
pessoa, quando ganha um filho, deixa um pouco de ser, ela mesma, filha.
Sua condição muda. Agora ela não é mais apenas receptora, é também
doadora de amor.
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