segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Fábrica de sonhos e burgers - DANIEL GALERA


Descobri que havia um histórico perturbador de processos por causa de menções a marcas, empresas ou produtos em contexto negativo dentro de livros de ficção

Em meu livro “Até o dia em que o cão morreu” há um diálogo em que o narrador, um sujeito um tanto amargo e formado em Letras, informa à nova namorada que “deu aula em um desses cursos falcatrua de inglês, tipo Yázigi”. A namorada defende a escola de idiomas, dizendo que estudou lá durante sete anos e fala inglês muito bem. O narrador retruca: “É isso, eles levam sete anos pra ensinar inglês pra alguém.”
Isso está na edição original de 2003, uma publicação independente. Quando o livro foi reeditado pela Companhia das Letras, em 2007, a menção ao Yázigi precisou ser cortada, depois de uma, digamos, recomendação enfática dos editores. Descobri que havia um histórico perturbador de processos por causa de menções a marcas, empresas ou produtos em contexto negativo dentro de livros de ficção. A editora quase sempre perde. Também acontece de advogados oportunistas caçarem nomes de empresas fictícias para encontrar uma empresa real que tenha o mesmo nome e tentar descolar uma graninha.

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