sábado, 23 de fevereiro de 2013

Golpe contra novos rumos - CACÁ DIEGUES

O GLOBO - 23/02/2013

Brasileiros sectários, supostamente em defesa de Cuba, provocam uma reação que só faz prejudicar o projeto de abertura daquele país



Não é muito fácil, para uma pessoa da minha idade, falar sobre Cuba. Para minha geração, Cuba foi um modelo de sonho, esperança de um inédito socialismo democrático, com liberdades individuais, direitos e oportunidades iguais para todos, liderado por rapazes como nós, com menos de 30 anos de idade, num país miscigenado como o nosso, ao som de rumba, mambo e bolero.

Nada poderia nos produzir mais euforia que a noite de Ano Novo em que Fidel Castro entrou em Havana e tomou o poder com seus guerrilheiros barbudos. Eu tinha 18 anos e estava nas ruas, com meus colegas da UNE e os companheiros do futuro Cinema Novo, celebrando a vitória da beleza e da justiça, como diria Paulo Martins em “Terra em transe”. Isso ninguém esquece. Mesmo que o sonho se transforme em pesadelo, permanece em nossos corações na sua forma original.


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