domingo, 3 de fevereiro de 2013

Insensatez sem filtro - Humberto Werneck

Se você não leu, sugiro que recupere e leia a crônica em que Ruy Castro, na Folha de S. Paulo, dia 25 de janeiro, registrou seus 25 anos sem álcool. Não vou recontar aqui o que esse baita escritor e jornalista contou lá, num depoimento capaz de encorpar ainda mais a admiração não só literária e jornalística que por ele tenho. Digo apenas que em lugar de trombetas, a que o Ruy teria direito, o que se ouve ali é a surdina da humildade de quem, depois de tanta luta, não dá a fatura por liquidada.

Além de me emocionar, a crônica avivou em mim a lembrança de outro aniversário, bem mais modesto, no mesmo 25 de janeiro: meus 32 anos sem cigarro. Se o Ruy não o fez por vitória tão maior, não sou eu quem vai posar de herói. Até porque, confesso, não me custou tanto assim cortar de uma hora para outra o hábito insensato de acender 60 cigarros por dia. Não foi penoso como alguns anos antes, quando, fumando a metade disso, parei por nove meses, num daqueles rompantes em que, sobranceiro, o insuspeitado paladino da temperança entrega o maço para um e o isqueiro para outro.

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