segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Paulo Brossard - Presidente negro no país de Lincoln

Cabe ao poder público fazer a sua parte. Mas fazer mesmo, sem escamoteações. Diminuiu muito a margem para os governantes lenientes e para os servidores relapsos.


Passada a primeira semana de comoção pelo dramático episódio de Santa Maria, o país precisa transformar a dor, a revolta e a indignação em ações pragmáticas destinadas a efetivamente assegurar um futuro melhor para seus jovens. Talvez precisemos de décadas ou mesmo de séculos para alcançarmos o estágio cultural de povos orientais que priorizam a educação, a ética e o cumprimento rigoroso das normas sociais, mas, enquanto isso não ocorre, podemos adotar medidas pontuais que assegurem avanços na segurança, na ordem pública e na preservação dos valores da vida _ independentemente da investigação policial em curso e das propostas de mudanças na legislação.

A questão mais premente no momento é a vistoria geral das casas noturnas e dos locais de grande afluência de público, para que não se repitam as condições de negligência que provocaram o desastre do dia 27 de janeiro. Entre as medidas esperadas e indispensáveis, está o cumprimento pelos empresários de todas as exigências da legislação e dos órgãos públicos responsáveis pela autorização de funcionamento de tais casas. Como diz o antigo ditado, quem não tem competência que não se estabeleça. Chega de tapeação, de puxadinhos, de transformar locais de diversão em armadilhas. Tais atitudes, invariavelmente motivadas pela ganância, tornaram-se ainda mais intoleráveis depois dos traumáticos acontecimentos de Santa Maria. E são criminosas _ não há mais como relevar isso.

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