O professor Ignacy
Sachs é mestre em várias áreas do conhecimento. Nascido na Polônia,
emigrado para a França, professor da École des Hautes Études en Sciences
Sociales em Paris, consultor da ONU e de várias outras instituições,
viveu mais de uma década no Brasil, conhece nossos problemas. Quando o
autor destas linhas começou a escrever neste espaço, no final de 1997,
lembrou que o professor Sachs, numa conferência no Itamaraty, em 1993,
já advertira (Estado, 28/11/97): o mundo industrializado não teria como
resolver os graves problemas que já o assolavam naquela época -
desemprego, agravado pela automação, porque seria necessário investir
US$ 1,4 milhão para gerar um posto de trabalho, ao todo, US$ 7 trilhões,
mais que o PIB norte-americano da época; nos países "em
desenvolvimento" o custo por emprego seria o dobro; também a especulação
financeira, que já tinha um giro diário de US$ 1 trilhão (valor anual
50 vezes maior que todo o comércio mundial), parecia insolúvel - e
exigia a criação de uma taxa de 1% sobre seu valor, como propunha James
Tobin, para alimentar um fundo que financiasse ações para enfrentar a
pobreza no mundo. Para finalizar, o professor Sachs lembrava que o
Brasil tinha condições privilegiadas no mundo - território, recursos
hídricos, biodiversidade, possibilidade de matriz energética "limpa" e
renovável; faltava-lhe uma estratégia adequada.
LEIA AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário