sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Quando entenderemos que o tempo escasseia? : Washington Novaes

O professor Ignacy Sachs é mestre em várias áreas do conhecimento. Nascido na Polônia, emigrado para a França, professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris, consultor da ONU e de várias outras instituições, viveu mais de uma década no Brasil, conhece nossos problemas. Quando o autor destas linhas começou a escrever neste espaço, no final de 1997, lembrou que o professor Sachs, numa conferência no Itamaraty, em 1993, já advertira (Estado, 28/11/97): o mundo industrializado não teria como resolver os graves problemas que já o assolavam naquela época - desemprego, agravado pela automação, porque seria necessário investir US$ 1,4 milhão para gerar um posto de trabalho, ao todo, US$ 7 trilhões, mais que o PIB norte-americano da época; nos países "em desenvolvimento" o custo por emprego seria o dobro; também a especulação financeira, que já tinha um giro diário de US$ 1 trilhão (valor anual 50 vezes maior que todo o comércio mundial), parecia insolúvel - e exigia a criação de uma taxa de 1% sobre seu valor, como propunha James Tobin, para alimentar um fundo que financiasse ações para enfrentar a pobreza no mundo. Para finalizar, o professor Sachs lembrava que o Brasil tinha condições privilegiadas no mundo - território, recursos hídricos, biodiversidade, possibilidade de matriz energética "limpa" e renovável; faltava-lhe uma estratégia adequada. 

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