A primeira frase da
crônica é quase sempre a mais difícil, mas quando as palavras aparecem
no papel, a mão que segura a caneta fica mais leve e envereda para um
lugar desconhecido...
Mas basta surgir um inseto para mudar toda a história: o
movimento da mão é interrompido pelo intruso, que voa em círculos e zoa
com insistência, uma picada no pescoço ou no braço pode acabar com a
alegria de escrever uma crônica, mesmo sabendo que vou reescrevê-la
quatro ou sete vezes; talvez seja melhor espantá-lo com uma revista, ou
esperar que ele se canse de girar e zumbir como um louco nesse espaço
pequeno.
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