domingo, 3 de fevereiro de 2013

Que saudade da presença...- Renato Janine Ribeiro

Representar é tornar presente o ausente, é trazer para perto o distante; o problema é a falsificação


Paulo Liebert/AE
Que saudade da presença...
Quem está fisicamente perto pode estar muito longe
Renato Janine Ribeiro É comum se discutir que mudanças a internet trouxe para as relações humanas. Como é este mundo pós-pós-moderno, diferente de tudo que antes existiu? Uma imagem ilustra o que uns chamam de perplexidade, uma imagem frequente, hilariante - e banal: cinco ou seis pessoas juntas, mas cada uma mergulhada em seu laptop ou celular. Parecem ser um grupo, só que não são, cada uma fechada em seu virtual.

Mas isso é mesmo uma novidade? Porque o distanciamento de quem fisicamente está próximo é um tema antigo na filosofia. Ele remonta pelo menos a Platão, no século 5º antes de Cristo.

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TOMIE,100

Tomie Ohtake relembra sua trajetória e celebra seu centenário com exposição em São Paulo


Audrey Furlaneto


A artista, que faz 100 anos em novembro, segue produtiva e pinta três vezes por semana: “Agora só se fala em centenário. É engraçado. Nunca senti os anos...”, diz, sorrindo
Foto: Marcos Alves

A artista, que faz 100 anos em novembro, segue produtiva e pinta três vezes por semana: “Agora só se fala em centenário. É engraçado. Nunca senti os anos...”, diz, sorrindo
SÃO PAULO - Desde que trocou o Japão pelo Brasil, Tomie Ohtake nunca aprendeu a pronunciar a letra “l”. Há 77 anos no país e consagrada como uma das maiores pintoras brasileiras, para ela, galeria ainda é “gareria” e tela vira “tera”. Às vésperas de iniciar as celebrações de seus 100 anos (dia 21 de novembro), ela ri do próprio sotaque:



— Nunca “aprendeu” a falar português. Agora não “aprende” mais, né?
Mas Tomie fala com parcimônia. Como sua obra, ela é rigorosa, suave e de poucos elementos. Se um poema haikai trata do mundo em 17 sílabas, afirma, por que ela deveria usar mais?

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A vida sob quatro milhões de normas - JOÃO LUIZ MAUAD

Desde a Constituição de 1988 foram editadas, em média, 788 novas normas a cada dia útil para reger a vida dos cidadãos brasileiros 

 

 As causas técnicas da tragédia de Santa Maria ainda são imprecisas e certamente serão objeto de vasta perícia. Uma conclusão, no entanto, parece inescapável. Negligência, imprudência e desrespeito à lei caminharam de mãos dadas naquela noite.

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As velhas baianas somem da passarela - LUIZ ANTONIO SIMAS

Elas estão sendo arrancadas das fileiras de suas escolas por igrejas evangélicas, que demonizam o samba e o carnaval

Em um samba belíssimo, que embalou o carnaval de 1984 da Unidos de Vila Isabel, Martinho da Vila fala dos sonhos da velha baiana, “que foi passista/brincou em ala/dizem que foi o grande amor do mestre-sala”.Poucos versos abordam com mais felicidade a ideia da escola de samba como uma instituição comunitária, forjadora de elos entre segmentos populares que, à margem das benesses do poder instituído, inventaram mundos e, desta maneira, se apropriaram da vida e produziram cultura. A moça passista, que desfilou como componente de ala, chegou ao final da trajetória ungida baiana, matriarca do samba e de sua gente simples.

Seis vozes tonitruantes - Dorrit Harazim

 Não falam alto, não usam
frases de efeito, não representam
o que não são. Até
porque o que são, ou foram,
basta: todos comandaram
o Shin Bet, o serviço de
segurança de Israel, o mais
reservado do mundo

Para quem é chegado a uma boa cabala, dois fatos ocorridos esta semana só poderiam ser atribuídos a algo além da coincidência. Em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos da ONU produziu um duro relatório de condenação a Israel por sua política de assentamentos na Cisjordânia; é sugerida, pela primeira vez, a adoção de sanções políticas e econômicas contra o país. Poucos dias antes, em Beersheba, principal cidade do deserto de Negev, o Centro Médico da Universidade de Soroka anunciou que Ariel Sharon, que se encontra em estado vegetativo desde o AVC hemorrágico sofrido sete anos atrás, reagira a estímulos externos com “significativa atividade cerebral”.

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A cada vez mais desnecessária reforma agrária

O avanço do capitalismo no campo acaba com o ‘latifúndio improdutivo’, ajuda a agricultura familiar e , assim, recolhe uma bandeira de exploração ideológica

EDITORIAL O GLOBO
A concentração de terras em poucas mãos, herança do Brasil colonial, alimentou, e ainda alimenta, muita luta política — embora hoje, menos. O latifúndio é parte da história do país, seja como força política no Império e na República Velha ou peça de exploração ideológica principalmente na segunda metade do Século XX.

O termo “reforma agrária” se tornou cativo de programas de governo, sempre encontrado em discurso políticos. Mesmo sendo de uso corrente nas pregações de esquerda, constou dos planos da ditadura militar. Espaço político em que forças extremadas se aliaram a representantes da Igreja, a reforma agrária emergiu na redemocratização como uma das bandeiras mais fortes. E com as liberdades civis restauradas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), entre outras organizações, puderem agir sem cerceamentos autoritários, como deve ser na democracia.

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Perfil:Very Well - O fim de uma carreira com 12 presidentes

Conhecido no Planalto como Very Well, José Henrique Nazareth encerrou na última semana uma jornada de 51 anos de trabalho no centro do poder

Luiza Damé e Catarina Alencastro


José Henrique Nazareth, conhecido como Very Well
Foto: Agência O Globo / Gustavo Miranda

José Henrique Nazareth, conhecido como Very Well Agência O Globo / Gustavo Miranda
BRASÍLIA — De contínuo a secretário do Comitê de Imprensa da Presidência, Very, como é carinhosamente chamado, acompanhou a trajetória de 12 presidentes. Começando por Jânio Quadros (1961), passou pelos presidentes da ditadura e encerra a carreira no serviço público com a presidente Dilma Rousseff, última mandatária do país a apertar a mão do folclórico funcionário.
O jeito expansivo e alegre do mineiro de Brazópolis, hoje com 78 anos, já lhe rendeu entrevistas em jornais e até no programa de Jô Soares na TV. Para Very, as repórteres são sempre Mary, e os repórteres, Johnny. É casado com a carioca Mirian, servidora aposentada da Justiça, com quem tem sete filhos e 15 netos. O apelido vem do interesse por outras línguas.

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Pedro Bial e seu biografado falam do documentário ‘Jorge Mautner - o filho do Holocausto’

No pique da estreia do filme, jornalista e músico se encontram em entrevista regada a vinho da Galileia e discordam, em harmonia, sobre a viabilidade da política e o futuro da civilização

Arnaldo Bloch


Pedro Bial e Jorge Mautner
Foto: Leonardo Aversa

Pedro Bial e Jorge Mautner
Leonardo Aversa
RIO - Pedro Bial chega ao local do encontro, o Baixo Alto Leblon, pontualmente. Munido de um relógio de mão atado às calças, por causa de reações alérgicas a relógios de pulso, avisa que tem hora marcada para voltar ao Projac. Jorge Mautner, por sua vez, está atrasado. Bial provoca:
— Pro Jorge, compromisso ao meio-dia é a mesma coisa que madrugar.
Dez minutos depois, Mautner chega suado: apesar de morar a 200 metros do local, ele desceu a ladeira em vez de subir e teve que subir de novo, como uma partícula incerta de Heisenberg, viciado que é em física quântica: todos os caminhos levam a Roma.

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Ditos - LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

Dos ditos populares, o mais irônico — pra não dizer cínico — é “Pra baixo todo santo ajuda”. O dito não discute a existência de santos e sua influência em nossas vidas, mas os divide em duas categorias, os poucos que nos ajudam nos momentos difíceis, de grande esforço, como subir uma ladeira, e a maioria que só se apresenta na hora da descida, quando nem precisaríamos de ajuda. Seriam os santos oportunistas, atrás de uma glória que não merecem.

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Expectativa e frustração - TOSTÃO

Ganso é um excelente jogador. Mas parece que isso não basta. Ele tem que ser um gênio

A atuação do Grêmio contra a LDU foi muito ruim. O time se limitou a dar chutões, guerrear, correr e jogar a bola na área, para se livrar dela. Não existiu futebol coletivo. Isso é muito frequente no futebol brasileiro.

As vitórias acontecem em lances isolados, como o belo gol de Elano, e porque o adversário pode ser, individualmente, muito mais fraco.

Quando os times perdem, sem um jogo coletivo, colocam a culpa na falta de comprometimento dos jogadores, como ocorreu com a seleção brasileira sub-20.

Pior, contratam Bebeto para diretor técnico, sem nenhum preparo para o cargo. Além disso, Bebeto é deputado estadual pelo Rio, membro do comitê da Copa, embaixador do Mundial, sempre com um sorriso de submissão ao poder.


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Vale a pena ver de novo? - FABRÍCIO CARPINEJAR

Vale a pena ver de novo? Ricardo Wolffenbüttel/Agencia RBS
Fabrício Carpinejar Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Agencia RBS

“Querido Fabrício! Amor tem reprise? Vale a pena ver de novo? Estou apaixonada pelo ex. Depois de três anos longe e muitos relacionamentos de ambos, nos reencontramos há dois meses numa festa. O beijo foi da primeira vez, uma loucura! Porque não tivemos recaídas antes, jamais tínhamos ficado. Agora a paixão veio com tudo, acrescidas das neuras que fizeram o término da união. O que fazer? Beijo Catherine”

Querida Catherine,

Há uma morte separando vocês. Uma morte emocional. Por isso você o chamou de fantasma. Para uma relação funcionar pela segunda vez, é necessário absorver o que falhou na primeira vez.

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A cor - Ugo Giorgetti

Neymar teve um gesto bonito ao acusar de racismo o treinador do Ituano, Roberto Fonseca, na quarta-feira. Não o gesto de acusar, mas o fato de se colocar como negro.

A rigor, do modo como as tonalidades de pele são classificadas através de usos e costumes do povo brasileiro, Neymar não pode ser considerado negro. Faz parte, é claro, daqueles caprichosos cruzamentos que originaram uma nova raça, legítima e inesperada contribuição brasileira para o desenvolvimento da espécie humana, esperança, aliás, pelo seu frescor e sua mistura consentida, de estudiosos de vários matizes, Darcy Ribeiro entre os mais entusiasmados.

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Prefeito, para que 'te quiero'? - Suely Caldas

A tragédia que matou 236 jovens em Santa Maria (RS) leva a indagar: afinal, para que servem as prefeituras? Os donos da boate e os músicos que provocaram o incêndio tiveram culpa e, espera-se, serão punidos pela Justiça, mas a responsabilidade maior foi da prefeitura, justamente porque a ela cabe a ação preventiva de criar normas de segurança, exigir seu cumprimento, fiscalizar e proteger a população. Levar conforto e bem-estar para os habitantes da cidade é o foco central da ação do prefeito. E proporcionar conforto é assegurar qualidade em saúde e educação, eficiência em segurança, manter a cidade limpa, levar água limpa e esgoto onde não há, enfim, cuidar das pessoas.

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Pessoas e estórias - Fernando Henrique Cardoso

Após os dias tórridos da passagem do ano, São Paulo tornou-se mais amena. As férias escolares, o trânsito menos atormentado, os cinemas mais vazios e a temperatura agradável convidavam ao lazer. Assisti a um filme admirável, Amour, no qual dois atores, Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant, dirigidos por Michael Haneke, desenvolvem a trama do relacionamento de um casal de velhos músicos que leva uma vida confortável para os padrões europeus, embora sem serviços domésticos e isolado dos familiares. Além do mais, contratempos na velhice podem ser sofridos. O derrame da senhora não abala a ternura do marido. Mas o cotidiano é duro: ela tem de ir ao banheiro carregada, o marido tem de lhe dar de comer na boca, etc. Diante da piora da saúde da mãe a filha tem dificuldades para entender e lidar com a situação, denotando mais angústia do que afeição e, quiçá, alguma preocupação material com o que possa sobrar. O genro é insuportável e os netos nem aparecem. Resultado: os dois velhos vão se consumindo num mundo que é só deles, entre boas recordações e desespero, até um derradeiro gesto de amor.

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Insensatez sem filtro - Humberto Werneck

Se você não leu, sugiro que recupere e leia a crônica em que Ruy Castro, na Folha de S. Paulo, dia 25 de janeiro, registrou seus 25 anos sem álcool. Não vou recontar aqui o que esse baita escritor e jornalista contou lá, num depoimento capaz de encorpar ainda mais a admiração não só literária e jornalística que por ele tenho. Digo apenas que em lugar de trombetas, a que o Ruy teria direito, o que se ouve ali é a surdina da humildade de quem, depois de tanta luta, não dá a fatura por liquidada.

Além de me emocionar, a crônica avivou em mim a lembrança de outro aniversário, bem mais modesto, no mesmo 25 de janeiro: meus 32 anos sem cigarro. Se o Ruy não o fez por vitória tão maior, não sou eu quem vai posar de herói. Até porque, confesso, não me custou tanto assim cortar de uma hora para outra o hábito insensato de acender 60 cigarros por dia. Não foi penoso como alguns anos antes, quando, fumando a metade disso, parei por nove meses, num daqueles rompantes em que, sobranceiro, o insuspeitado paladino da temperança entrega o maço para um e o isqueiro para outro.

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Apostas arriscadas - Lee Siegel

NOVA JERSEY - Certa tarde, em uma reunião de família durante as férias, em San Diego, a cunhada de minha mulher mencionou, de passagem, que alguns anos antes tinha ido a Tijuana comprar drogas, para aumentar a fertilidade quando teve dificuldade de engravidar de um segundo filho. As drogas eram muito mais baratas ao sul da fronteira, ela explicou. A sala ficou em silêncio. Depois daquilo, ela tivera gêmeos, um menino e uma menina, e a menina nascera com um tumor cerebral. Hoje, com 10 anos, a menina sobreviveu. Mas cada dia seu é uma dádiva.

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Igualzinha, igualzinha - Luis Fernando Verissimo

Margô voltou de Paris com uma bolsa Vuitton. Contou para as amigas o que passara para comprar sua bolsa Vuitton. Entrara numa fila enorme em frente à loja Vuitton do Champs Elysées. No frio! Chegara a brigar com uma japonesa ("Ou chinesa, sei lá") que tentara cortar a sua frente na entrada da loja. Lá dentro, custara a ser atendida. Uma multidão. Mas finalmente conseguira.

- E aqui está ela - disse Margô, mostrando a bolsa Vuitton como um troféu.

Foi quando aconteceu uma coisa que a Margô jamais esperaria. A Belinha mostrou a sua bolsa e disse:

- Igual à minha.

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Elio Gaspari - O Congresso pode desengarrafar o STJ

Quem tem dinheiro para pagar advogado congestiona a Justiça, e a conta vai para a patuleia
Tramita na Câmara um projeto de emenda constitucional preparado pelo Superior Tribunal de Justiça criando um filtro para a admissibilidade de litígios junto à corte.

A adoção de um critério semelhante no Supremo Tribunal baixou o número de litígios aceitos de 116 mil, em 2007, para 38 mil, em 2011. O STJ tem 33 cadeiras e em 2012 recebeu 276 mil recursos (contra 6.100 em 1989). A emenda constitucional pretende usar o conceito de relevância, desobrigando a corte de aceitar recursos irrelevantes ou simplesmente protelatórios.

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Janio de Freitas - Riscos no ambiente cinzento

Intenção do procurador-geral para momento de apresentar denúncia contra Calheiros é insondável em um inquérito de tipo corriqueiro
Pela segunda vez em meio ano, parte significativa do Congresso pode acusar interferência do Judiciário. A anterior foi atribuída ao Supremo Tribunal Federal, ao marcar o julgamento do mensalão coincidindo com a campanha eleitoral. Agora é do Ministério Público, também vista como desrespeito à independência dos Poderes.

No caso atual, a acusação refere-se à denúncia criminal feita ao Supremo pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra o senador Renan Calheiros.

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Não basta ter razão - Ferreira Gullar

O capitalismo é o regime da desigualdade. Se deixarmos, ele suga a carótida da mãe
Entendo que alguém, que durante toda a vida tenha tido o marxismo como doutrina e o comunismo como solução dos problemas sociais, se negue, a esta altura da vida, a abrir mão de suas convicções. Entendo, mas não aprovo. Tampouco lhe reconheço o direito de acusar quem o faça de "vendido ao capitalismo." Aí já é dupla hipocrisia.

Tornei-me marxista por acaso, ao ler o livro de um padre católico sobre a teoria de Marx. É verdade que o Brasil daquela época estava envolvido na luta pela reforma agrária e pelo repúdio ao imperialismo norte-americano, que se assustara com a Revolução Cubana.

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O redemoinho -Caetano Veloso


Godard disse, numa entrevista pouco feliz, que você pode amar pessoas que gostem de livros ou músicas, quadros ou edifícios diferentes daqueles de que você próprio gosta, mas que é impossível amar alguém que gosta de filmes que você desaprova

Nunca recebi tantos comentários de leitores desta coluna (pelo visto são mais do que 17) como quando saiu o artigo em que falei do “Redemoinho”, o vídeo doméstico que me pareceu maravilhoso no YouTube. De um desembargador que eu não conheço a um diretor de filmes experimentais de quem sou amigo, recebi, através do GLOBO ou diretamente em meu box de e-mail, várias observações (quase todas desaprovando meu entusiasmo). Uma amiga queridíssima me disse (não usando essas palavras) que toda aquela beleza estava em meus olhos. Um amigo não menos querido (e unido a ela) reconhecia (com minúcias de observação pictórica que eu próprio não cheguei a ressaltar) muitas das virtudes a que eu me referira, mas deixando claro que o meu texto é que o tinha levado a chegar a valorizar coisas que o vídeo por si só não teria a força de impor (isso num tom semelhante ao da sua companheira, em que um “ah, Caetano…” parecia me alertar para o fato de que eu viajara demais num vídeo sem tanta substância). Esse amigo é muito inteligente e muito articulado, de modo que conseguiu escrever elogios ao filmeco que eram até mais bem desenvolvidos do que os meus — ao mesmo tempo em que quase me repreendia por ter supervalorizado algo que poderia passar despercebido.


LEIA EM:

FALA CAETANO