Todo colegiado, ou quase todo, alimenta o vício do coleguismo em graus
variados. É uma consequência, dizem os observadores benevolentes, da
convivência diária. Já os pessimistas definem o fenômeno como uma
espécie de pacto de proteção mútua.
Quem quiser que escolha a sua definição do fenômeno. Ele acaba de
ocorrer no Senado Federal, que reconduziu à sua presidência, por voto
secreto (o que pode, quem sabe, ajudar a explicar o fenômeno), o
político alagoano Renan Calheiros, do PMDB.
Se alguém na plateia já esqueceu - o que, no Senado é absolutamente
impossível que tenha acontecido -, o político alagoano, cinco anos
atrás, o que não é tempo suficiente para apagar a memória dos senadores,
foi forçado a renunciar ao cargo debaixo de uma desmoralizante
acusação, nunca desmentida.
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