segunda-feira, 4 de março de 2013

Duas revoluções, dois destinos - ALFREDO SIRKIS

Os recentes incidentes envolvendo a visita ao Brasil da blogueira cubana Yoani Sánchez, hostilizada por turbas agressivas da "Solidariedade com Cuba", foram também uma oportunidade perdida para debater o argumento de que a ditadura "de esquerda" seria o inevitável preço a pagar pelos grandes "avanços sociais".

É comum escutarmos que as restrições à liberdade de expressão e de imprensa, a ausência de eleições livres, de pluralismo político ou de alternância no poder, passado mais de meio século da revolução cubana, se justificam por suas conquistas na educação e na saúde e pela ausência de fome e miséria absoluta na ilha. O argumento jamais se sustentou na comparação com outra revolução que a precedeu em 11 anos: a da Costa Rica, de 1948, que obteve notáveis avanços em educação e saúde e garantiu um padrão de vida muito mais elevado, sem o sacrifício das liberdades, do pluralismo, do respeito aos direitos humanos e de um Judiciário independente.


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As flores da Rua Joly - José de Souza Martins

Num sábado à tarde, de novembro de 1884, a Condessa d'Eu, com os filhos, ainda crianças, foi de bonde puxado a burro conhecer a Chácara das Flores, no Brás. Ficava no Marco da Meia Légua, pouco adiante da Ponte Preta, na Rua do Brás, mais tarde Rua da Intendência e hoje Avenida Celso Garcia. A Princesa Isabel não ligou muito para as flores de Jules Joly. Queria era livrar-se do enxame de repórteres. Na volta, pediu um bonde só para ela e os filhos, deixando os jornalistas a pé. Lá era o confim da cidade, o extremo do chamado rocio.

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Dia Internacional de Quem? - Lúcia Guimarães

Lúcia Guimarães - O Estado de S.Paulo
 
 
Dias dedicados a um sexo ou grupo étnico me inspiram desconfiança imediata, sem falar nos inventados pelo comércio como o dia dos pais, das mães e da criança.

O Dia Internacional da Mulher começou, de fato, nos Estados Unidos, em 1909, como o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora e foi inspirado por socialistas, num tempo em que a Constituição ainda não concedia às americanas o direito ao voto.


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